Comecei a dar aula particular logo que eu entrei na UnB durante a minha primeira graduação, porque eu não queria esquecer tudo que eu havia aprendido muitas coisas no ensino médio para passar no vestibular de biologia no segundo semestre de 2005. Comecei distribuindo panfletos nas caixinhas de correios de onde eu morava com a frase "não deixe a matéria acumular" e as informações sobre meu nome, telefone e as matérias que eu dava aula. Em pouco tempo eu já estava com muitos alunos, dando aula todas as tardes e com um bom dinheiro para sair nos fins de semana e comprar minhas coisas. Foi assim que eu comecei a trabalhar. O mais incrível foi que eu só precisei fazer uma divulgação, fui ficando conhecida e as pessoas iam me indicando, até a hora que eu não tinha mais horário para atender. Eu dava aula de todas as matérias para ensino fundamental e médio, era muito legal porque eu ia relembrando os conteúdos.
Em 2010, quando eu terminei minha graduação de biologia, fiz um curso de adestramento canino e comecei a adestrar cachorros. Então, logo que me formei, eu não tinha nenhum emprego fixo, mas eu tinha muito trabalho dando aula particular e adestrando cachorros. Com o tempo, comecei a perceber que quando eu ia adestrar o cachorro, a pessoa me contratava feliz porque estava dando aula para o cachorro e o cão estava prendendo várias coisas, entretanto, quando eu dava aula particular para as crianças, os pais me contratavam com raiva porque o filho não estava bem na escola, porque ele já tinha que pagar escola, material escolar, roupa, comida e agora ainda tinha que pagar a aula particular. Claro que os pais dos alunos que estão reprovando ou com dificuldades não estão felizes pelos filhos precisarem de reforço escolar, mas eles ficavam muito felizes com os resultados alcançados. Entretanto, comparando a satisfação dos pais das crianças e dos pais dos cachorros, eu via mais felicidade nos clientes de adestramento e isso me fazia trabalhar mais feliz. Então, eu acabei parando de dar aula particular e fiquei só adestrando cachorros, e ainda os adestro até hoje (https://adestradorasofia.blogspot.com), mas não parei de ser professora.
Dei aula em uma escola de reforço escolar (100% Reforço Escolar, 416 sul), depois fui monitora e professora de biologia no ensino médio no NDA Sênior (616 sul), depois fui contratada como professora de biologia no Colégio Barão do Rio Branco (Paranoá). Vendo o estresse dos professores na rede particular de ensino e a incerteza em relação a ter emprego no ano seguinte, resolvi que eu não queria ser professora de escola particular. Eu já tinha feito o concurso para a Secretaria de Educação do DF em 2010, mas eram apenas 15 vagas e eu havia ficado em 112. Triste, comecei a estudar para fazer outros concursos e fiz o concurso de professor de Planaltina de Goiás em 2012. Passei em primeiro lugar (era apenas uma vaga) e dei aula de ciências para o ensino fundamental em uma escola rural maravilhosa chamada Felipe de Lyon, em frente à Lagoa Formosa, um lugar incrível e um trabalho extremamente necessário. Infelizmente, só trabalhei lá por 3 meses porque demorava 1h30min para eu chegar na escola dirigindo e como eu tenho problema na coluna, não posso ficar mais de uma hora sentada na mesma posição com impacto na coluna. Tive uma crise na coluna que eu não conseguia nem andar de tanta dor. Não consegui nem ir levar o atestado e percebi que não podia continuar trabalhando lá. Então, pedi demissão da Secretaria de Educação de Planaltina de Goiás e fiquei trabalhando só com adestramento.
Quando eu estava dando entrevista para a Rede Globo, no momento que eu pensei ser o ponto mais alto da minha carreira como adestradora, recebi uma ligação de uma grande amiga minha dizendo que eu havia sido chamada no concurso da Secretaria de Educação do DF. Eu achei que ela estava me zuando, mas depois vi que aquelas 15 vagas do concurso de 2010 podiam ser exapansíveis 10 vezes esse número no período de 4 anos, então como eu havia passado em 112, fui chamada para ser professora efetiva na rede pública do DF. Eu fiquei indignada, porque eu já havia arrumado minha vida como adestradora e estava feliz adestrando, mas não podia deixar de entrar na Secretaria de Educação do DF. Então, acabei resolvendo conciliar os dois: em 2013 durante o dia eu era professora da Secretaria de Educação em Santa Maria e à noite eu adestrava cachorros.
Acabei reduzindo o adestramento de cães quando fiz meu mestrado em Psicologia Social na UnB entre 2014 e 2016, estudando o comportamento de cachorros. Traduzi e adaptei para o Brasil um questionário (C-BARQ) de análise de compotamento canino que já havia sido aplicado em vários países, como Japão, Estados Unidos e Irã. Você tiver um cachorro, ainda pode responder meu questionário para conhecer melhor o seu cãozinho: https://www.surveymonkey.com/r/cbarq-brasil Se quiser ver minha dissertação de mestrado (Adaptação do C-BARQ para o Brasil), acesse o link para entrar no repositório de dissertações e teses da UnB e baixe o PDF: https://www.repositorio.unb.br/handle/10482/20516
Enfim, meu mestrado foi muito estressante, descobri que aquele não era o caminho da felicidade e que eu tinha que fazer o que me faz feliz, então parei para pensar no que eu gosto de fazer e percebi que eu amo estudar e lembrei que eu adoro estudar química. Então, em 2017 resolvi fazer o vestibular do meio do ano sem estudar (porque eu já havia estudado demais a minha vida inteira e realmente tinha aprendido os conteúdos) e passei na primeira chamada, entrando novamente na UnB no segundo semestre de 2017 para fazer o curso de licenciatura em química noturno. Não quero mudar de profissão, dou aula em uma escola perfeita em Santa Maria, amo o que eu faço, amo meus alunos e acho que consigo fazer diferença na comunidade que trabalho dando aula de ciências para ensino fundamental. Só estou fazendo essa segunda graduação para me divertir aprendendo mais coisas.
Na química, percebi que algumas pessoas tem muitas dificuldades em algumas matérias e vendo a minha própria dificuldade em passar nas disciplinas, resolvi criar esse blog para ajudar os alunos da UnB, explicando de maneira fácil os conteúdos para que alunos do ensino fundamental e médio também pudessem entender.
Agora no início de 2020, comecei a dar tutoria de Física 1 para uma aluna e lembrei de quando eu dava aula particular e o quanto que faz diferença uma aula individual para explicar o que o aluno não entende. Então, resolvi voltar a dar aulas particulares para quem precisa.
Em fevereiro farei uma promoção de 50 reais a hora de aula para divulgar o trabalho e voltar para o ramo. Espero poder ajudar os alunos que estiverem com dificuldade. Poderei dar aulas à noite e aos fins de semana. Dependendo do dia, talvez eu também consiga algum horário de manhã. Se tiver interesse, entre em contato pelo número (61) 98451-0790.
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